Eleição aconteceu no último domingo, durante encerramento do 38º Congresso da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas
Chegou ao fim neste domingo, 13 de dezembro, o 38º Congresso da UBES, com a eleição do novo presidente da entidade, o amazonense Yann Evanovick de 19 anos. Foram quatro dias de congresso, que teve a participação de mais de 2.300 estudantes de todas as regiões do país. O evento foi marcado pelo lançamento do livro UBES, uma rebeldia consequente, que faz um resgate da história de 60 anos da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas.
Um representativo ato político Em defesa de 50% do Fundo Social do Pré-sal para Educação, no sábado, reuniu nomes importantes do cenário nacional, entre eles o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, e o presidente da Agência Nacional do Petróleo, Haroldo Lima - que disseram ser favoráveis à proposta do movimento estudantil.
Unidade e organização
Reunidos na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e no Mineirinho entre os dias 10 e 13 de dezembro, os estudantes deram uma grande demonstração de unidade e organização. "Provaram que o movimento estudantil está preparado para enfrentar as principais lutas e defender os interesses dos estudantes e da sociedade, respondendo, inclusive, aos ataques e as tentativas de criminalização dos movimentos sociais", afirma o presidente recém-eleito Yann Evanovick.
O novo presidente da UBES analisa que o próximo período será de muito trabalho. Ele elenca como principais demandas a luta em defesa da destinação dos recursos do fundo do pré-sal para a educação, pelo fim do vestibular e por uma nova legislação para a meia-entrada. Ressalta ainda a importância que 2010 representa por conta das eleições no país e por ser o ano em que a UBES comemora 25 anos da aprovação da lei do Grêmio Livre.
"Esse deve ser o momento de fortalecer a rede do movimento estudantil, construindo uma grande campanha de criação de grêmios em todo o país. Aproveito também para convocar todos os estudantes brasileiros a ocupar as ruas no próximo período para garantir as mudanças necessárias na educação", ressalta Evanovick.
Para Ismael Cardoso, que deixa a presidência da entidade, a sensação é de dever cumprido. "Foram dois anos de um intenso trabalho em defesa de uma educação universal, pública e de qualidade para todos os brasileiros. Foi também um período em que a UBES esteve à frente da luta pelo fim do vestibular, que começa a ser construído com o Novo Enem, e realizou jornadas de lutas que mobilizaram milhares de estudantes em várias cidades do país por melhorias na educação. E a continuidade de tudo isso é muito importante para a construção de um país mais justo, igual e melhor para todos", disse.